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Depois de um ano a escrever para o blog, de muita pesquiza, de muita leitura (que adoro!) e de muita aprendizagem, cheguei à conclusão da importância de se viver com menos, e como isso pode transformar a nossa vida de uma maneira tão positiva. Como somos influenciados e como nos transformamos com tudo o que apreendemos e lemos.
Hoje vou falar um pouco sobre mim, que é coisa que raramente faço nos posts que escrevo, porque quero partilhar a necessidade de simplificar a minha vida, e quem sabe servir de inspiração para outras pessoas!
Conforme os anos vão passando sinto uma necessidade enorme de simplificar a minha vida, e de me tornar cada vez mais minimalista. Viver com o essencial e abolir o que não tem interesse. Perdemos imenso tempo da nossa vida com pequenos pormenores e muitos deles tão inúteis, deixando para trás muitas vezes coisas muito mais importantes por realizar. Temos que ter um critério realista e objetivo para o que temos a fazer no dia-a-dia, e concentrarmo-nos no que é importante e no que nos vai trazer benefícios.
Viver uma vida simples não é sinónimo de viver uma vida fácil, aliás é necessário auto disciplina, criar soluções práticas, estabelecer hábitos e rotinas que nos vão ajudar a facilitar o dia-a-dia, e isso requer trabalho, dedicação e persistência.
Saber gerir o tempo e criar horários é fundamental, assim como programar as tarefas que temos que realizar, para que estas na realidade se realizem, uma vez que ao serem programadas, a probabilidade de as fazermos é muito mais elevada.
Não julgar os outros e não tirar conclusões precipitadas de certas ações, é essencial para vivermos melhor connosco próprios e com os outros. Todos temos coisas positivas, por isso salientá-las é a melhor opção. Aceitar os outros, e aceitar as diferenças de cada um é essencial para se viver numa sociedade mais justa e equilibrada.
O meu desapego às coisas materiais é exemplar, livro-me facilmente e sem qualquer problema, daquilo que eu acho tralha sem olhar para trás e sem qualquer sentimento de culpa ou posse. Se não se utiliza porquê guardar? E a verdade é que quanto menos coisas temos, mais fácil é organizar e manter arrumado!
Em tempos (quando era mais nova) já fui super consumista, não é que não goste mais de ir às compras (se pudesse ser teletransportada seria melhor!), mas já não sou uma entusiasta como era e não sinto vontade nem necessidade de ir, até porque estou sempre em casa por estar desempregada, e tenho roupa suficiente para as minhas saídas, não preciso de mais, então, porquê comprar?
Ah, detesto ir fazer compras ao supermercado, é uma chatice e uma valente seca!
A organização e arrumação da casa são fundamentais para a minha sanidade mental, detesto desarrumação (tenho uma luta constante com os meus filhos!). Gosto de ter tudo nos lugares certos, quando saio de um compartimento em direção a outro, olho em redor para ver se há algum artigo desse outro compartimento, detesto ver roupa, louça espalhada pela casa, gosto de abrir os armários e vê-los perfeitamente arrumados e práticos, enfim, adoro ser organizada.
Todos os fins-de-semana vou para o Douro com o meu marido (os filhos ficam no Porto, já são bastante crescidinhos e precisam da agitação da cidade!), para o campo, que eu tanto detestava e que agora adoro. A simplicidade, a vida ao ar livre, ser eu própria, fazer o que me apetece é tão bom, e mais, acho que conseguiria adaptar-me perfeitamente a viver no campo!
Foi bom ao fim destes anos todos, chegar à conclusão de que viver uma vida mais simples é sem sombra de dúvidas a solução para muitos dos problemas e ser-se mais feliz. Não concordam comigo?
Espero que tenham gostado, se sim não se esqueça de fazer gosto.
Obrigada
Marlene Borges
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