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Acabar com a tralha é o primeiro passo, aliás o mais importante, para quem quer realmente organizar a casa. É um processo que pode levar tempo e paciência, mas sem este passo nunca vai conseguir organizar-se, porque como já falei antes tralha não se organiza, tralha só atrapalha e ocupa espaço, espaço esse tão importante para organizar as coisas que nós realmente gostamos. Eu diria mais, que para funcionar tem mesmo que ser um processo radical.
Tralhas são tudo aquilo de que não precisamos, que não nos fazem falta e de que não gostamos, mas que teimamos em guardar pensando “ainda me vai fazer falta” mas a verdade é que essa determinada coisa nunca vai fazer falta ou ainda “tenho pena de deitar fora” como se estas coisas fossem assim tão importantes na vida, a vida sem elas continuará. Guardar tralha levado à obsessão pode ser doença e a mania de acumular coisas constantemente, acaba por provocar transtornos significativos na nossa vida e dificultar qualquer organização.
Eu com isto, não estou a sugerir acabar com as boas recordações que temos do passado e simplesmente deitá-las fora, podemos sempre armazenar estas coisas em caixas e arrumá-las, o que não pode acontecer é levar isto ao exagero de maneira a influenciar negativamente a nossa vida.
Acabar com a tralha pode levar tempo, até porque é importante pensarmos antes, no que realmente queremos desfazer-nos e o que não faz falta, portanto vá devagar e dê tempo ao tempo para mais tarde não se arrepender, mas faça-o.
Quando nos decidimos a organizar a casa, isso vai refletir-se na nossa própria vida até porque a vamos querer também organizada. Isso vai trazer-nos felicidade e promover as mudanças necessárias para lá chegar.
Outro inconveniente de ter tralha é não conseguir encontrar o que realmente necessita e procura no meio de tanta confusão, que acaba por desesperar, entrar em stress e ficar infeliz.
Pense positivamente que ao acabar com a tralha, não perde tanto tempo a limpar e a arrumar a casa, pequenas coisas que “destralham” podem fazer a diferença, além de ter mais tempo para fazer aquilo que realmente gosta.
Comece por um compartimento e vá até ao fim. Abra gavetas, armários e retire tudo aquilo que não vai usar mais, porque não lhe serve, porque está velho e desgastado ou simplesmente porque não gosta e separe os itens para depois saber o que doar ou deitar fora. Não precisa de fazer tudo num dia, pode simplesmente fazer uma só gaveta ou parte do armário. Não abuse da sua paciência ou passados alguns minutos já está farta/o de “destralhar” e vai desistir.
Eu hoje em dia já não me apego facilmente às coisas, posso até dizer que sou completamente desprendida das coisas que acho que não têm utilidade e que só estorvam, mas nem sempre fui assim, foi um processo que levou tempo, mas cheguei lá e por isso hoje sou minimalista e concordo com a frase “menos é mais”, apesar de ter muitas resistências cá em casa, porque sou a única a pensar assim. Outra coisa que eu penso é, porquê guardá-las fisicamente se podemos guardá-las na memória?
Este processo de “destralhamento” tem pano para mangas e podíamos estar a falar dele eternamente que não saíamos daqui, mas como eu tenho que acabar o post, espero ter ajudado com algumas reflexões positivas sobre este tema!
Então já está decidida/o a começar a destralhar? Espero que sim!
Se gostou não se esqueça de fazer gosto.
Obrigada
Marlene Borges
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